Consumo de arroz e feijão no Brasil diminui e atinge menores índices desde os anos 1960

  • 04/10/2025
Arroz e feijão estão perdendo lugar no prato do brasileiro A preferência do brasileiro pelo tradicional arroz com feijão não é mais a mesma. O consumo atingiu os menores índices desde a década de 1960. É uma mordida no sanduíche e os olhos no relógio. Julia Junqueira Guimarães, consultora de viagens, conta: "Eu tenho um tempo muito curto de intervalo entre minha faculdade e meu serviço. Então, eu pensei numa opção prática". Tem muita gente abrindo mão da dupla queridinha dos brasileiros: o arroz e o feijão. Débora Araújo Cruz é dona de restaurante e percebe que a combinação já não é a primeira opção. Débora explica: "Apesar de ele estar ali, o arroz e o feijão, bem no início do buffet, então a pessoa passa por ele, não necessariamente está sendo a escolha das pessoas. Elas estão indo para outras combinações nutricionais ali". A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) acompanha o consumo desses alimentos no país há mais de 60 anos. O pico de consumo médio de arroz por pessoa ao ano foi na década entre 1991 e 2000, com 47 quilos. Desde então, a quantidade começou a cair. No ano passado, chegou a 34 quilos — o menor índice desde o início da série histórica. No caso do feijão, o maior consumo foi na década de 1961 a 1970, com média de quase 23 quilos. Em 2024, também atingiu o menor índice da série histórica. O pesquisador da Embrapa, Alcido Wander, lembra que a mudança nos hábitos da população foi determinante para essa redução. Alcido Wander, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, explica: “Nas décadas de 1960 e 1970, tínhamos famílias mais numerosas, com mais filhos. Era outra realidade, onde também havia muito o hábito de fazer a comida em casa. No ambiente urbano, essa vida é mais corrida, e em toda esquina há uma opção de algo rápido sendo oferecido.” A falta desses grãos no prato dos brasileiros é motivo de preocupação para pesquisadores da área de saúde. O feijão, principalmente, é considerado um marcador da alimentação saudável. O consumo menor pode representar um fator importante para o aumento de doenças crônicas. Débora Malta, médica, pesquisadora e professora da Escola de Enfermagem da UFMG, destaca: "Eles protegem da obesidade e, por consequência, também das doenças crônicas não transmissíveis. Nós temos que chamar atenção para a necessidade de o brasileiro retornar à sua alimentação tradicional. A dupla arroz com feijão é imbatível."

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/10/04/consumo-de-arroz-e-feijao-no-brasil-diminui-e-atinge-menores-indices-desde-os-anos-1960.ghtml


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